quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Morador do DF produz energia em casa e vende parte à rede pública

Servidor público foi o 1º a instalar sistema bidirecional na capital federal.
Medida, regulamentada em 2012, permitiu a ele redução de 70% na conta


O servidor público Carlos Eduardo Tiusso ostenta orgulhoso um "título" importante: ele é o primeiro morador de Brasília a adotar o sistema de medição bidirecional de energia domiciliar. Na prática, isso significa que Tiusso produz a energia que consome e o excedente ele vende à rede de energia. No fim do mês, ele consegue um desconto de até 70% na conta de luz.
Painel solar instalado na casa do servidor público Carlos Eduardo Tiusso, em Brasília (Foto:  Carlos Eduardo Tiusso/Divulgação)Painel solar instalado na casa do servidor público Carlos Eduardo Tiusso, em Brasília (Foto: Carlos Eduardo Tiusso/Divulgação)
Nesses dias de intenso calor, momento em que a rede pública está mais saturada, fornecendo energia para todos aqueles que estão utilizando aparelhos de ar-condicionado, é exatamente o momento em que o sistema [instalado em casa] está gerando mais energia e a injetando na rede pública"
Carlos Eduardo Tiusso, que produz energia em casa e devolve à rede pública o excedente não consumido
Ainda pouco difundida, a proposta amplia os benefícios para quem usa alguma fonte geradora de energia em casa, como a solar, permitindo que o cliente tenha o controle do que produziu, não consumiu e forneceu à rede e, assim, tenha abatimento nas despesas.

A situação foi regulamentada pela Aneel em abril de 2012 e parte do pressuposto de que quem gera energia em casa compartilha o excedente com a rede pública. Os equipamentos instalados na casa do consumidor permitem medir a energia gerada pelas placas e a que ele entrega à rede de clientes da região. A diferença corresponde ao que ele usou.

Então, duas coisas são analisadas: primeiro, a soma entre o que foi fornecido pela companhia energética para a casa e o quanto o cliente usou da energia gerada na própria residência; segundo, a quantidade de energia excedente que ele entregou à rede. Caso ele consuma mais energia do que produziu, paga a diferença. Se a produção for maior do que o consumo, ele fica com crédito para as contas futuras.
O servidor público mora em uma casa de 430 m² no Jardim Botânico. São quatro suítes, para dois adultos e duas crianças. A adesão ao sistema custou R$ 16,5 mil e levou sete meses para ser concluída. No período, Tiusso precisou levar certificados internacionais e outros documentos comprovando a eficiência do projeto. A expectativa é de que o investimento tenha retorno em oito anos e de que a vida útil do sistema seja de 30 anos.

De acordo com Tiusso, a adesão dele ao novo sistema ocorreu por três motivos: financeiros, ambientais e de eficiência energética. "Nesses dias de intenso calor, momento em que a rede pública está mais saturada, fornecendo energia para todos aqueles que estão utilizando aparelhos de ar-condicionado, é exatamente o momento em que o sistema [instalado em casa] está gerando mais energia e a injetando na rede pública", afirmou.

Segundo a Companhia Energética de Brasília, a Embaixada da Itália também aderiu ao novo sistema. Além disso, um morador do Lago Sul apresentou proposta recentemente para instalar os equipamentos na casa dele.

Matéria retirada do site globo.com

Arquivo de Arquitetura em .DWG

Olá pessoal,

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espero que seja útil a vocês.

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